Ecossistema para a manutenção e equilíbrio das regiões costeiras.

Trata-se de um ecossistema costeiro que faz parte do Bioma da Floresta Atlântica (ou Mata Atlântica), abrigando até mesmo espécies ameaçadas de extinção. Contém várias plantas que são utilizadas pelo homem na alimentação, medicina e ornamentação. Além de ser uma contenção natural às ressacas do mar.

De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), restinga é um depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada e vegetação baixa, produzido por um processo de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, também consideradas comunidades edáficas (que pertencem ao solo) por dependerem mais da natureza do substrato do que do clima. A vegetação nas restingas ocorre em mosaico e encontra-se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões. Quanto mais protegido da influência do mar, maior é o porte da vegetação que varia entre herbácea (rasteira), arbustiva (árvores de pequeno e médio porte) e arbórea.

Ela não se refaz rapidamente como muitos acreditam, pois, se trata de um ecossistema muito complexo e delicado, que não se recompõe facilmente e muitas vezes nunca mais volta, ficando apenas aquele matinho rasteiro.

Um belo exemplo de restinga preservada no Balneário Piçarras, litoral catarinense:

Foto: Felipe Bieging

O que acontece quando não se preserva a vegetação de restinga. Ressaca na Praia dos Ingleses em Florianópolis - SC em 11/2017:
Foto: Flávio Tin

 A vegetação de restinga é uma super aliada das tartarugas marinhas, onde elas preferem desovar, pois os ninhos ficam mais protegidos da ação das marés e ondas.

Foto: Projeto Tamar

Ninhos protegidos na Praia de Itacoatiara-RJ
Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

Para continuarmos a ter desovas de tartarugas marinhas em nosso litoral, precisamos ter responsabilidade nos planos de desenvolvimento econômico, construindo sem agredir a vegetação de restinga.
Respeitemos o que ainda resta deste importante ecossistema!