Vida Marinha

Vida Marinha

  • Um robô contra as bitucas

    Focado principalmente nelas, as famigeradas bitucas de cigarro, o Projeto BeachBot, dos engenheiros holandeses Edwin BosMartijn Lukaart, usa Inteligência Artificial da Microsoft para aprender como encontrar melhor os filtros espalhados nas praias, mesmo se eles estiverem parcialmente enterrados na areia.

    O BeachBot ou apenas “BB”, fez sua primeira demonstração, ano passado na praia de Scheveningen, na costa de Haia, durante oDia Mundial da Limpeza, 18 de setembro.
     

    Edwin Bos (à esquerda) e Martijn Lukaart com BeachBot. (Foto TechTics)

    Muitas pessoas, infelizmente, deixam para trás mais do que apenas castelos de areia quando saem praia. O lixo, principalmente o "micro-lixo", é um problema recorrente e está prejudicando nossos ambientes costeiros e a vida selvagem em todo o planeta.

    Todos os anos, 4,5 trilhões de bitucas de cigarro acabam no meio ambiente.Os fragmentos fibrosos, que podem levar 14 anos para se desintegrar, tornaram-se "o item pessoal" mais comum encontrado nas praias, segundoestudo de 2019 de cientistas brasileiros.Ao longo da costa, eles envenenam lentamente tartarugas marinhas, pássaros, peixes, caracóis e outras criaturas.
    Momento em que um pássaro alimenta seu filhote com um filtro de cigarro, captado pela fotógrafa de vida animal Karen Mason em uma praia na Flórida, nos Estados Unidos. Triste!

    Os filtros dos cigarros estão cheios de microplásticos e quando molham, liberam mais de 30 compostos químicos que são extremamente tóxicos para os organismos aquáticos e representam um dos maiores problemas na categoria lixo perigoso.

    Alguns desses compostos também estão relacionados ao câncer, asma, obesidade, autismo e menor QI em humanos.

    O PROJETO

    Bos e a equipe TechTics criaram o primeiro algoritmo de detecção baseado em IA que vê especificamente pontas de cigarro. Eles trabalharam com alunos da Delft University of Technology, na Holanda, para produzir o BeachBot, que depende da IA ​​para funcionar.

    Mas ensinar o robô a encontrar seu alvo requer um vasto banco de imagens. A TechTics deve mostrar ao veículo itinerante (e, especificamente, ao sistema de IA) milhares de fotos de bitucas de cigarro, todas espalhadas em vários estados, como parcialmente escondidas, para que ele possa reconhecê-las e recordá-las.

    Para ajudar a reunir essas fotos, Bos e equipe recorreram ao Microsoft Trove, um aplicativo que conecta desenvolvedores de IA com fotógrafos através de um mercado de dados transparente. Trove estabelece uma troca direta de fotos pelo valor justo de mercado. Nesse caso, as pessoas podem enviar suas fotos e a TechTics paga diretamente aos colaboradores 25 centavos de dólar por imagem aceita. O sistema aprende a ver as imagens como uma criança reconhecendo um objeto pela primeira vez”, diz Christian Liensberger, gerente principal do programa Trove, um projeto do Microsoft Garage.

    O Trove foi construído com base na ideia de que as pessoas deveriam ser pagas por seus dados – por exemplo, suas fotos postadas – em vez de apenas distribuí-los em mídias sociais ou plataformas de comunicação, diz Liensberger. E deve haver controle e transparência dentro desse processo, permitindo que elas vejam como seus dados são usados.

    “Com essa transparência, muitos (colaboradores do Trove) sentem que fazem parte de uma equipe, que estão realizando isso juntos, que estão realmente ajudando”, disse Liensberger. “É importante, para as pessoas, contribuir com algo duradouro.”

    Os usuários do Trove podem escolher quando participar. O app pode coletar todos os tipos de dados e, atualmente, está ajudando a apoiar uma ampla gama de projetos de IA.

    Ao longo do caminho, conforme as pessoas tiram e compartilham milhares de fotos de bitucas de cigarro que estão sujando o planeta, elas também estão aumentando a conscientização sobre o lixo e talvez convencendo outras pessoas a pararem de jogar seus detritos de forma indiscriminada.

    COMO O BB FUNCIONA?

    Através de uma Rede Neural Convolucional (RNC), um algoritmo de autoaprendizagem que pode fazer conexões. Para alimentar o algoritmo, é muito importante fornecer uma grande quantidade de dados de treinamento, e esses dados precisam ser diversos para o reconhecimento do lixo em todas as condições de iluminação e nas inúmeras formas e tamanhos.

    Em breve ele poderá estimar cada vez melhor que tipo de lixo encontra. O algoritmo probabilístico indica a probabilidade. Por exemplo, se com 80% de certeza que há uma lata a sua frente, ele recolhe, mas se não tiver certeza do tipo de item que está na frente, ele tira uma foto com uma marca de GPS. Depois, através de uma aplicativo e de um jogo de realidade mista, pede ao público que o aconselhe online . Ele pergunta: "o que é isso?". Com os dados enviados de volta ele vai se tornando mais inteligente.


    O BeachBot, que tem cerca de 80 centímetros de largura, mostrou que pode lidar com parte desse trabalho. Durante sua primeira demonstração, ele coletou 10 bitucas de cigarro em 30 minutos. Rolando sobre a areia em quatro pneus lisos, a máquina usa duas câmeras internas para olhar para frente (evitando pessoas e objetos) e para baixo. Claro que ainda é muito lento, mas a ideia que seja mais um integrante de uma grande equipe de robôs e humanos, trabalhando juntos para manter as praias limpas.

    Depois de localizar um filtro, ele abaixa dois braços com garras que empurram a areia  e agarram o filtro, que é puxado para cima e para dentro de um depósito de lixo interno. Mais tarde, as pessoas esvaziam aquele depósito em uma lixeira. O protótipo é alimentado por bateria e atualmente pode operar por cerca de uma hora.

    A TechTics está agora criando dois botscompanheiros menores, “os dois pequenos ajudantes”, que se concentram apenas na detecção. Eles irão eventualmente trabalhar como um trio. Os bots menores mapearão a praia. Ao localizar bitucas de cigarro, eles podem enviar uma mensagem ao BeachBot (ou outros veículos de limpeza de praias, como tratores) para solicitar a remoção. Os bots de mapeamento também contarão com fotos enviadas via Trove.


    MAPP, o robô ajudante que detecta e mapeia o lixo na praia.

    Além de limpar o lixo, seu principal valor agregado é a coleta de dados, pois recebe uma função no espaço público e busca por interação com as pessoas, o que deve contribuir para a discussão social e a conscientização sobre os efeitos do lixo, principalmente à vida marinha.

    Vídeo no YouTube!

    Site do projeto!

  • Tartarugas Marinhas: Guardiãs dos Oceanos

    Conheça as características e os desafios enfrentados por quatro espécies emblemáticas: Tartaruga-de-couro, Tartaruga-verde, Tartaruga-de-Kemp e Tartaruga Australiana.

  • Microplásticos

    Microplásticos no ar que respiramos e nos alimentos que comemos

    Os microplásticos podem ser encontrados em muitos itens diferentes aos quais estamos expostos ao longo de um dia. Garrafas plásticas de água, tapetes sintéticos e até produtos de beleza podem aumentar nossa exposição a essas minúsculas partículas. Também podem ser inalados e ingeridos com alimentos ou bebidas.

    Embora o efeito exato que os microplásticos possam ter em nossa saúde a longo prazo ainda não esteja claro, sabemos que eles conseguem afetar as células humanas e também ter um efeito negativo no meio ambiente e nos organismos dentro dele. Sabendo onde encontrá-los no dia-a-dia, conseguiremos entender melhor como identificar e reduzir nossa exposição.

    O que são microplásticos?

    Geralmente com menos de 5 milímetros de tamanho, eles podem vir de duas fontes principais:

    • Microplásticos primários. Esses, são fabricados para ter menos de 5 milímetros de tamanho. Eles incluem coisas como glitter, microfibras usadas na produção de tecidos sintéticos como lã e microesferas usadas em produtos de cuidados pessoais como esfoliantes faciais e creme dental.
    • Microplásticos secundários. Estes se originam de grandes pedaços de poluição plástica, como sacolas ou garrafas de água, que se fragmentam em pedaços menores, tornando-se microplásticos. Recipientes de plástico também podem liberar partículas ao longo do tempo ou quando aquecidos.

    Os microplásticos podem eventualmente se decompor em partículas ainda menores, conhecidas como nanoplásticos. Estes são menores que 0,001 milímetros de tamanho.

    Microplásticos em humanos
    Por serem muito duráveis, os plásticos, uma vez que são pequenos o suficiente para formar microplásticos, eles podem ser facilmente ingeridos ou inalados à medida em que somos expostos a eles ao longo de nossas vidas. Embora o efeito exato desses microplásticos não seja claro, pesquisas indicam que eles podem levar ao aumento da resposta inflamatória, toxicidade e perturbar o microbioma intestinal.

    Em 2020, cientistas detectaram microplásticos nas placentas de mulheres saudáveis. Acredita-se que as partículas provavelmente sejam derivadas de produtos de higiene pessoal, tintas, cosméticos e embalagens. O tamanho significava que, uma vez ingeridos ou inalados, eles eram pequenos o suficiente para serem transportados pela corrente sanguínea. Microplásticos não foram detectados em todos os participantes, o que significa que alguns fatores de estilo de vida podem estar em jogo.    

    Microplásticos também já foram encontrados em pulmões humanos, foi o que mostrou um estudo da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), liderado pela médica patologista Thais Mauad e sua equipe, da Faculdade de Medicina da USP.

    "Uma classe importante dos chamados poluentes emergentes, os microplásticos, foi encontrada em pulmões humanos. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) identificou e caracterizou 33 partículas e 4 fibras de polímeros em 13 de 20 amostras de tecido pulmonar investigadas. Os resultados do trabalho foram publicados em 24 de maio em artigo no Journal of Hazardous Materials .
    As amostras de tecido pulmonar vieram de autópsias feitas em pessoas de 48 a 94 anos, sendo 7 homens e 13 mulheres. Cerca de dois terços desses indivíduos nunca fumaram e um terço era composto de ex-tabagistas que tinham abandonado o cigarro havia pelo menos 15 anos. Em média, os autopsiados moraram 34 anos no mesmo endereço na cidade de São Paulo."1

    Então, sabemos que os microplásticos podem ser encontrados no corpo humano, mas como eles chegam lá?

    Microplásticos em alimentos, bebidas e ar
    Apesar da onipresença dos microplásticos em nossa vida cotidiana, não há muita pesquisa sobre o impacto deles em nosso bem-estar. O que sabemos é que eles podem ser facilmente encontrados em uma variedade de alimentos e bebidas do dia a dia. Os cientistas estimam que a ingestão anual de microplásticos na américa cai em algum lugar na faixa de 39.000 a 52.000 partículas.
    Um estudo descobriu que algumas marcas de água engarrafada estão contaminadas com microplásticos. Os mais comuns encontrados foram os plásticos poliméricos, como o polipropileno usado para fabricar tampas de garrafas.

    Acredita-se que a principal fonte de contaminação seja tanto do processo de fabricação quanto da embalagem.
    Microplásticos também foram encontrados em cerveja, sal marinho embalado, frutos do mar, com incidência maior em bivalves (moluscos com concha) e peixes.
    Foram encontrados 47 fragmentos de plástico no estômago de um peixe-porco (SEA / David M. Lawrence)

    Alguns saquinhos de chá são feitos de plástico, com pesquisas mostrando que a imersão de um saquinho de chá de plástico pode liberar 3,1 bilhões de partículas de nanoplástico. Temperaturas mais altas da água parecem estimular a liberação de mais partículas, e este estudo parece sugerir que níveis muito mais altos de microplásticos podem ser consumidos do que os indicados por estudos anteriores.

    Além de ingerir microplásticos com nossa comida e bebida, eles também podem ser inalados. Um estudo na Austrália descobriu que a poeira no ar interno pode conter uma ampla gama de micropartículas, algumas das quais são à base de plástico. As casas com piso acarpetado tinham quase o dobro de fibras de base petroquímica, como polietileno e poliacrílico, enquanto as casas com piso duro tinham mais fibras de polivinil.  

    Nesse cenário as crianças pequenas sofrem mais por terem uma taxa de respiração mais alta, combinada com menor peso corporal. Eles também passam mais tempo brincando no chão e frequentemente colocam as mãos na boca, aumentando a probabilidade de serem expostos a microplásticos em pó.  

    Para contextualizar a quantidade de microplásticos ingeridos ou inalados – o estudo acima estimou que crianças menores de 6 anos ingerem cerca de 6,1 miligramas de microplásticos por quilograma de peso corporal, por ano. Para uma criança de 5 anos, essa quantidade equivale ao tamanho de uma ervilha. Embora ao longo de um ano isso pareça uma quantidade pequena, ainda não entendemos completamente os efeitos cumulativos que podem causar em nossos corpos.

    Impacto na Saúde Humana
    Embora saibamos que os microplásticos estão por toda parte, mais pesquisas precisam ser feitas para entender melhor seu impacto a longo prazo em nosso bem-estar.
    Os cientistas têm trabalhado no desenvolvimento de métodos para ajudar a detectar a sua presença de em tecidos humanos. Esses métodos serão fundamentais para determinar se os microplásticos são um perigo para a saúde ou se seu acúmulo não deve nos preocupar muito.

    Até agora, a pesquisa mostrou que os microplásticos são realmente capazes de afetar as células humanas, levando ao estresse oxidativo, respostas imunes (como reações alérgicas) e morte celular em testes de toxicologia. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender como se acumulam e são excretados do corpo.

    Enquanto isso, muitas pessoas optam por tentar evitar os microplásticos sempre que possível, especialmente porque sabemos que eles podem ter impactos negativos no meio ambiente e na vida selvagem.  

    Obrigado por chegar até aqui!
    Aproveite e assista A Odisseia de uma Garrafa, filme lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (1 min.).


    Consequência para a vida marinha
    Por serem difíceis de ver e de rastrear, estima-se que todo ano 8 milhões de toneladas de plástico são despejados no oceano, mas apenas 1% (80.000 ton.) desse resíduo é encontrado em forma visível e boiando na superfície. Assim, é sugerido que o grande volume de plástico que se encontra nos oceanos são microplásticos.


    Os microplásticos são difíceis de encontrar, pois são muito leves, e por isso, são arrastados por correntes e pelas circulações oceânicas. Também podem afundar, apesar do pouco peso, e se confundem entre os sedimentos marinhos.

    De acordo com um estudo realizado em 2020 por universidades e instituições científicas autralianas e publicado no site Frontier in Marine Science, cerca de 15 milhões de toneladas de microplástico foi encontrada no fundo marinho, em oceano profundo, na Grande Baía Australiana, no sul do país.

    Cada grão de areia do fundo marinho pode conter cerca de 14 partículas de microplástico.

    Reduzindo a exposição
    Uma das melhores maneiras de limitar a nossa exposição aos microplásticos é fazer mudanças como usar tecidos naturais, filtrar bem sua água e evitar o uso de plástico sempre que possível.
    Aspirar o chão pelo menos uma vez por semana também pode diminuir os níveis de partículas no ar.

    REDUZIR - RECUSAR - REPARAR - RECICLAR - REPENSAR


    Referências:
    1 - https://revistapesquisa.fapesp.br/respirando-microplasticos/
    2 - https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmars.2020.576170/full
    3 - https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304389421010888

  • Golfinhos nadando na bioluminescência

    O belo flagrante aconteceu em Newport Beach, Califórnia!

  • A Restinga e sua importância

    Ecossistema para a manutenção e equilíbrio das regiões costeiras.

  • 8 histórias reais em que animais salvam humanos

    Postagens virais que rodam pela internet, geralmente de humanos em resgates emocionantes de animais em perigo, como pássaros em seu quintal que quebraram asas, a animais em trabalho de parto os humanos os resgataram apesar dos perigos que poderiam enfrentar.

  • 16 fatos impressionantes sobre as Raias

    Com seus corpos achatados e caudas longas e farpadas, as raias parecem criaturas de outro mundo.

  • 12 fatos sobre o Rio Amazonas

    O Rio Amazonas é incomparável a qualquer outro rio do mundo, é uma potência global de água doce. Os enormes volumes de água que carrega consegue elevar o nível do oceano no Mar do Caribe. Alimentando a Floresta Amazônica, seu passado geológico, a vida selvagem única e o impacto na história humana tornam este rio um dos lugares mais fascinantes da Terra.

    Nevado Mismi, Andes, Arequipa, Peru, origem do rio Amazonas

    1. O Rio Amazonas costumava fluir na direção oposta

    Entre 65 e 145 milhões de anos atrás, o rio Amazonas corria em direção ao oceano Pacífico, na direção oposta que flui hoje. Onde fica a foz do rio Amazonas hoje, houve uma vez um planalto que permitia esse fluxo para o oeste. A ascensão da Cordilheira dos Andes no oeste forçou o rio Amazonas a reverter o curso.

    2. É o maior rio em volume d'água do planeta
    O rio libera cerca de 200.000 litros de água doce no oceano a cada segundo. Esse fluxo de água é responsável por quase 20% de toda a água do rio que entra no mar.

    3. É o segundo maior rio da Terra
    Com cerca de 6.440 quilômetros de comprimento, o Rio Amazonas é o segundo maior rio do mundo. O comprimento impressionante do Amazonas é superado pelo Rio Nilo, no Egito, que tem 6.850 quilômetros de comprimento. Atrás do Amazonas, o próximo rio mais longo é o Rio Yangtze , que é apenas 136 quilômetros menor que o Amazonas.

    4. Afeta o nível do mar no Mar do Caribe

    O rio Amazonas libera tanta água no Oceano Atlântico que altera o nível do mar no Caribe. Conforme a água doce sai da sua foz, ela é captada pela Corrente do Caribe, que carrega a água para as ilhas. Em média, os modelos preveem que o rio Amazonas sozinho faz com que os níveis do mar no Caribe atinjam cerca de 3 centímetros mais altos do que seriam sem essa enorme vazão de água doce.


    5. É o lar do Boto-cor-de-rosa ou golfinho do rio Amazonas

    Também conhecidos por boto-vermelho, boto-rosa, boto-malhado, boto-branco, boto, costa-quadrada, cabeça-de-balde ou uiara. São nomes comuns dados a 4 espécies de golfinhos fluviais do gênero Inia geoffrensis, sendo o boto-cor-de-rosa uma delas. As espécies se distribuem nas bacias dos rios Amazonas e Solimões, na sub-bacia boliviana e na bacia do rio Araguaia.
    Ao contrário de suas contrapartes que vivem no oceano, os golfinhos de rio vivem exclusivamente em ‘habitats’ de água doce. Baseado em um golfinho fossilizado descoberto na Bacia do Pisco, no Peru, estima-se que o golfinho do rio Amazonas tenha evoluído perto de 18 milhões de anos atrás.
    Embora o boto-cor-de-rosa seja bastante abundante nas águas dos rios Amazonas e Orinoco , na Venezuela, é atualmente considerado uma espécie ameaçada de extinção (Redlist.org - veja aqui) devido ao recente declínio populacional resultante de uma série de atividades humanas. As populações de golfinhos do rio Amazonas são particularmente afetadas pelo represamento e poluição do rio Amazonas. Os golfinhos também são mortos por alguns pescadores que usam sua carne como isca na captura de bagres. Nos últimos anos, os pescadores vêm trocando a captura do Bagre ( Pimelodus grosskopfii ) pela Piracatinga ( Calophysus macropterus ), que é facilmente atraída pela isca.

    6. O Peixe-gato Dourado também mora aqui

    O Dourado ( Brachyplatystome rousseauxii ) é uma das seis espécies de bagres encontradas no rio Amazonas e talvez o mais comercialmente importante de todos os bagres amazônicos. Este peixe pode crescer mais de 1,80 m de comprimento e migrar mais de 18.000 quilômetros para completar seu ciclo de vida.

    7. Recebeu o nome de um mito grego

    O rio foi inicialmente conhecido pelos europeus como o Marañón e a parte peruana do rio ainda é conhecida com esse nome até hoje. O nome Amazonas, no entanto, foi dado depois que guerreiros nativos atacaram uma expedição do século XVI de Francisco de Orellana. Os guerreiros eram liderados por mulheres, lembrando a Orellana das guerreiras amazônicas, uma tribo de mulheres guerreiras relacionadas aos Citas e Sármatas iranianos mencionados na mitologia grega.

    8. Uma família viajou de canoa do Canadá até o Rio Amazonas

    Em 1980, Don Starkell e seus dois filhos, Dana e Jeff, deixaram Winnipeg em uma canoa em direção ao Rio Amazonas. Jeff abandonou a viagem quando chegaram ao México, mas Don e Dana se aventuraram.

    Quase dois anos depois, a dupla pai e filho chegou ao rio Amazonas. Ao final da viagem, eles haviam remados mais de 19.000 quilômetros. Veja o compacto de uma reportagem feita na época!

    9. Possui mais de 100 barragens

    Usina de Santo Antônio, no rio Madeira em Rondônia, um dos afluentes do rio Amazonas

    De acordo com um estudo de 2018, as cabeceiras andinas do rio Amazonas têm 142 represas, com mais 160 propostas para construção. As barragens fornecem eletricidade na forma de energia hidrelétrica, mas prejudicam a ecologia do sistema do rio.

    10. Sem pontes

    Lanchas e outras embarcações são o único meio de transporte através do rio.
    Todos os 10 milhões de pessoas que vivem às margens do rio Amazonas só podem atravessar o fluxo de água doce de barco. A falta de pontes se deve, em parte, às mudanças sazonais no leito do rio. Durante a estação das chuvas, o rio Amazonas pode subir mais de 9 metros, triplicando a largura do rio em alguns lugares.

    As margens frágeis do rio Amazonas em muitos locais, sofrem erosão com a inundação sazonal da água da chuva, transformando áreas antes robustas em planícies de inundações instáveis. Qualquer ponte para cruzar o rio Amazonas precisaria ser incrivelmente longa para ter um fundamento seguro. Existem também poucas estradas que chegam até o rio. A maior “estrada” é próprio Rio Amazonas, sendo usado para as necessidades de transporte da maioria das pessoas.

    11. Atravessa quatro países

    O rio Amazonas passa pelo Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela, com o Brasil detendo de longe a maior parte. A bacia hidrográfica do rio Amazonas, ou áreas de onde recebe água doce, inclui ainda mais países. As chuvas na Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela também abastecem o rio Amazonas com grande parte de sua água doce.

    12. É onde 40% de toda a água na América do Sul acaba
    Durante a estação das chuvas, o rio Amazonas inunda suas margens, expandindo dramaticamente o tamanho do rio.
    A altura do rio Amazonas aumenta substancialmente na estação chuvosa porque cerca de 40% de toda a água da América do Sul acaba no rio. Como uma ampla rede, a bacia hidrográfica do Rio Amazonas coleta a chuva de quilômetros ao redor do Rio Amazonas, incluindo a Cordilheira dos Andes e a Floresta Amazônica.